sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Seminário de Literatura com Péricles Prade e Lançamento do Dossiê Osíris Literatura – Péricles Prade (Organização e seleção Marco Vasques e Rubens da Cunha)


Promoção: PROLER Joinville e Letras-UNIVILLE
Quando: 20/11/2012
Onde: Anfiteatro da Biblioteca da UNIVILLE
Horário: 19h15min

PÉRICLES PRADE
 Péricles Prade é poeta, contista, ensaísta, crítico literário e de artes plásticas. Presidiu a União Brasileira de Escritores/SP e o Instituto Brasileiro de Filosofia. É autor de obras literárias, históricas, filosóficas e jurídicas. Na poesia escreveu Este interior de serpentes alegres (1963), Sereia e castiçal (1964), Nos limites do fogo (1976 e 1979), Os faróis invisíveis (1980),Jaula amorosa (1995), Pequeno tratado poético das asas (1999), Guardião dos sete sons (1987), Ciranda andaluz (2003), Além dos símbolos (2003) e Em forma de chama - variações sobre o Unicórnio (2005), Pantera em movimento – breves poemas de muito amor (2007), Tríplice viagem ao interior da bota (2007), Labirintos (2008) e Sob a faca giratória (2009). Publicou, ainda, os livros de ficção Os milagres do cão Jerônimo (1970, 1972, 1976, 1980 e 1999), Alçapão para gigantes (1980 e 1995), Relatos de um Corvo Sedutor (2008), Ao som do realejo – narrativas profanas (2008) e Correspondências – narrativas mínimas (2009) . Em 31 de março de 1973 foi empossado na cadeira 28 da Academia Catarinense de Letras.

Poética marcada por hermetismo, labirintos, temas alquímicos, sua palavra rompe com a racionalidade e abre fendas no oculto. Recupera memórias da infância, de viagens, sustentadas pela mitologia, por religiões e filosofias. Narrativas híbridas que circulam entre a prosa e a poesia: “De descrição em descrição, de definição em definição, os poemas vão perfazendo, vão se dizendo, vão pulsando em seus espectros de sombra e hermetismo.” (Marco Vasques e Rubens da Cunha, Dossiê Osíris Literatura – Péricles Prade. Florianópolis: Redoma; Navegantes: Papa-Terra, 2011, p. 140)
As narrativas são resultantes de um jogo imaginativo, de tramas que capturam um espaço e um tempo oníricos com referências míticas e fenômenos de natureza inventada. Correspondências, narrativas mínimas marcam pela convergência entre literatura e as artes visuais. As imagens constituídas pela linguagem operam recortes de mundos nos quais circulam seres vivos e seres inanimados. As narrativas-fragmentos recuperam Fausto, Casanova, Lutero, Marcel Duchamp, Picasso, São Francisco e Confúcio.
“Em Correspondências, inscrevem-se entrelinhas filosóficas enraizadas na imaginação, na possibilidade e na esperança, integrando trilogia da qual pode ser dito: assim como navegar, sonhar é preciso. Valha-me o trapézio! Nos recortes da precisão do caos, ocorre o desapego dos limites espaciais. Nos recortes da precisão do caos, desengrena-se a inexorável cronologia, para dar vez às simultaneidades, convergências, e a reversibilidade do tempo poético.” (Mirian de Carvalho, Dossiê Osíris Literatura – Péricles Prade. Florianópolis: Redoma; Navegantes: Papa-Terra, 2011, p. 105)    


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